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domingo, 19 de fevereiro de 2017

“Brasil vai voltar a abraçar a fome” com governo Temer


A deputada Erika Kokay (PT-DF) ocupou a tribuna, nesta quinta-feira (16), para fazer uma avaliação sobre o grave momento político que o Brasil atravessa com o governo sem voto do golpista Michel Temer. “As pessoas podem parabenizar o golpismo que está instalado no Brasil, dizendo que há uma melhora na credibilidade e na economia. As pessoas têm o direito de alucinar. Mas a realidade é outra. A realidade deste País é que não há aumento de credibilidade. O Brasil não tem plano de desenvolvimento industrial, social ou econômico. Não existe!”, enfatizou a parlamentar.

De acordo com ela, o que se vislumbra com o governo ilegítimo de Temer é a volta da fome no Brasil. “Estamos vivendo um País que vai voltar a se abraçar com a fome; uma fome que precisou de um presidente que sabe a dor e a delícia de ser brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que acredita neste País, para fazer programa e projeto de desenvolvimento do país e que fez o Brasil crescer”, lembrou.

Erika Kokay elencou as desastrosas iniciativas do governo Temer e que colocam em risco as riquezas do Brasil. “A Petrobras é a empresa, no mundo inteiro, que tem condições de explorar o pré-sal da forma mais lucrativa e mais rendosa. Digo isso porque detemos a maior tecnologia e prospecção de petróleo em águas profundas do mundo. O pré-sal foi entregue para as indústrias internacionais. Esta Casa varou a madrugada para entregar o pré-sal, fazendo uma profunda marca e uma profunda ferida no legado de Getúlio Vargas”, destacou.

A parlamentar petista disse também que não foi só o pré-sal que foi entregue pelos golpistas. “O papel moeda foi entregue para ser rodado fora do Brasil, em uma empresa contratada sem licitação. As distribuidoras de energia que dão lucro também foram colocadas na bandeja de prata para serem vendidas a preço aviltado para o capitalismo internacional e para as grandes empresas”, denunciou.

Erika citou ainda a alta taxa de desemprego registrada no governo Temer. “O desemprego aumenta porque o Brasil está sob uma profunda recessão, porque os recursos deste País estão dirigidos para remunerar o rentismo, para remunerar uma acumulação de capital que já não depende do trabalho. É dinheiro gerando dinheiro, são os títulos da dívida, de uma dívida que tem como donos 27 mil investidores — entre pessoas jurídicas e físicas — que levam quase a metade do orçamento brasileiro em detrimento de milhões de brasileiros. Este País está construindo uma realidade própria para justificar a sua adesão ao golpismo que provocou a maior ruptura democrática deste País desde o golpe militar”, reiterou a deputada, que apontou ainda a mediocridade do governo ilegítimo de Temer.

“A quadrilha que se instalou no Palácio do Planalto, e é quadrilha mesmo. Um ministério medíocre e sabe por quê? Porque o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha disse que é preciso distribuir os ministérios, como se estivéssemos nas capitanias hereditárias, pós-modernas talvez, distribuir os ministérios aos partidos para que tivessem votos aqui, no Parlamento. Então, para eles não importa a qualidade do ministério”, disse.

Resistência – Erika Kokay conclamou a sociedade para reagir e resistir aos descalabros do governo golpista. “É preciso reagir. Nós, mulheres, que somos sempre as mais atingidas em todo processo de ajuste ou em todo processo de violação de direitos, precisamos reagir. Nós, os trabalhadores rurais, os pescadores artesanais, os policiais, os educadores, todos esses trabalhadores, trabalhadores que não têm expectativa de vida de 65 anos e que trabalharão e contribuirão a vida inteira para aposentar aqueles que têm mais recursos, melhores condições de vida e maior expectativa de vida, precisamos reagir. Para mostrar que se é fato que este País é tão marcado pelos pedaços dos períodos traumáticos da sua história, como, por exemplo, o Colonialismo, este País também tem as marcas dos quilombos e de Zumbi dos Palmares. E nós vamos reagir!”, concluiu a deputada.




Fonte:
Com informações de agências e Portal PT na Câmara.

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